RIO+20: O
“MEIO” ENTRE O DESENVOLVIMENTO E O SUSTENTÁVEL
Da Referência:
MAIS DO
MESMO: A RIO+20 ENTRE O CRESCIMENTO E O SUSTENTÁVEL
Por:
Alisson Thiago Maldaner
Estudante de Direito da UFPR.
Pesquisador do CNPq
O resumo, ou síntese do conteúdo:
O autor fala a respeito do desenvolvimento
sustentável, sua importância e precisão. E para que não haja confusão entre
sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, vez que as duas noções
constitui- se por propostas distintas e contrapostas, ele explica:
Sustentabilidade remete “à capacidade do planeta de sustentar a sociedades
humanas e seu nível de consumo de matérias e energia”. Já a proposta do
desenvolvimento sustentável está calçada no crescimento econômico, cuja
contrapartida ambiental se dá por meio do investimento financeiro do
desenvolvimento de novas tecnologias limpas, renováveis, verdes. Bem como,
explica também das diversas reuniões, confederações a cerca do meio ambiente
sustentável.
Assim, ele destaca a conferencia de Kyoto,
que aconteceu no Japão, em 1997, donde resultou o protocolo do Kyoto, o qual,
os Estados Unidos foi o único país desenvolvido que não o aderiu, alegando que
a medida para reduzir a emissão de gases do efeito estufa teria impactos negativos
na economia norte-americana. E diante do fracasso nas negociações das conferências
da ONU sobre mudanças climáticas de 2009, serão (estão sendo) tratadas as
pautas sobre desenvolvimento sustentável no Brasil, chamada também de Rio+20,
em razão dos 20 anos já passados da Rio-92, a Rio+20 acontece nos dias 13 a 22
de junho de 2012 no Rio de Janeiro. Ao Brasil, enquanto presidente da conferência
cabe, portanto, propor e coordenar as negociações.
A
crítica:
A crítica do autor vem, não apenas em
relação aos esforços da política internacional que não têm se traduzido em
transformações reais, como também em relação às novas práticas e invenções
alternativas, que carregam a marca “sustentabilidade” ou do selo ‘verde” e que,
entretanto, provocam pouco ou nenhum ganho real em matéria de conservação
ambiental.
Desse modo, há uma grande polêmica em torno
do evento, e gira especialmente sobre as possibilidades de a rio + 20 não
apresentar resultados concretos ante tão grandes expectativas e tão limitadas
possibilidades.
O autor fala também dos objetivos da
Rio+20, que de início se propunha a fazer a revisão dos contratos e convenções criadas
na Rio-92, e lançar uma nova agenda, assim, o principal era fazer essa revisão
para ver as lacunas que tinham ficado, mais essa agenda caiu, porque os
governos não querem ficar expostos ao fato de não terem implementado o que se
propuseram a 20 anos.
Logo, é evidente que não vivemos numa
sociedade sustentável e que não é possível alcançá-la pela aposta no
crescimento econômico, o qual depende, inevitavelmente, da fruição infinita de
recursos naturais finitos.
Dessa forma, entender em que consiste
realmente a proposta do desenvolvimento sustentável e essencial para
entendermos que, em verdade, estamos diante de mais uma articulação
internacional em torno de uma enorme “maquiagem verde”.
Concordo plenamente com o autor, pois, a
Rio+20 vai ser só mais uma confederação que não contribuirá, ou se contribuir
será pouco, diante de tantos problemas ambientais que presenciamos e vivemos.
Citam muito o “Desenvolvimento
Sustentável”, frisando sempre mais o desenvolvimento do que a sustentabilidade,
assim é fácil entender o porquê de se colocar as confederações, e em especial a
Rio+20, como um “meio” dessa difícil missão: transformar o planeta em um lugar
desenvolvido e sustentável, visto que, não se trata de má vontade, ambição,
corrupção, ignorância, e cegueira: tudo isso existe, mas o problema e mais
profundo: é o próprio sistema que é incompatível com as radicais e urgentes
transformações necessárias.
*REGIANE DA SILVA CORTES: Acadêmica do 5º período de Direito Factu Unaí MG.